terça-feira, 16 de outubro de 2007

projeto de aprendizagem: espiritismo

Muitas religiões do passado, tinham no culto e comunicação com os mortos, a base de sua Doutrina. Entretanto, somente os ditos inicia­dos po­deriam praticar o intercâmbio com os mortos, o povo em ge­ral era proibido de conhecer ou exercitar esta prática. Na Idade Mé­dia, como em outras épocas, os feiticeiros e bruxos eram queimados em praça públi­ca, como um exemplo para amedrontar o povo.
Allan Kardec [LM-cap XXVI] estuda detalhada­mente a comunicação entre os "vivos e os mortos", e esta aná­lise rece­beu o nome de: "Perguntas que se podem fazer aos Espíritos". É impor­tante, para todos nós, analisarmos alguns aspectos, do sábio estudo do mestre lionês.
Quando nos dirigimos a algum Espírito para perguntar-lhe algo, dois fatos importantes devem estar em nossa mente para que a comunica­ção seja eficiente. O primeiro deve ser a forma pela qual in­terrogamos. Esta forma deve obedecer uma clareza e uma precisão; quando vamos res­ponder a uma pergunta, respondemos melhor se tivermos entendido clara­mente a pergunta. Outro aspecto também importante na forma, é obedecer a uma ORDEM lógica, quando estudamos os livros da codificação, nos en­cantamos com a ordem das perguntas colocadas por Allan Kardec, facili­tando-nos a compreensão dos fatos.
Além da forma, o fundamento da questão é o outro fato importan­te. A natureza da pergunta pode provocar uma resposta exata ou falsa. Devemos nos lembrar que existem perguntas que os Espíritos não podem responder, por três motivos principais:
1 - não sabem a resposta;
2 - não querem responder; e
3 - não têm permissão para responder.
Na época da Codificação do Espiritismo, a mediunidade desempe­nhou basicamente a finalidade de esclarecimento aos Homens sobre a ver­dade dos ensinamentos de Jesus. Aos poucos, toda a Doutrina Espí­rita foi reve­lada. Após este período, além de exercer a função de esclare­cimento, através de psicografia de livros doutrinários, a me­diunidade veio ter também a missão da prática da caridade. Nas reu­niões mediúni­cas, os Espíritos desencarnados em sofrimento, doentes, revoltados, se co­municam buscando consolo, esclarecimento e carinho. Se no início do Espiritismo prevale­cia o verbo receber, hoje preva­lece ou deveria prevalecer o verbo doar, sendo que receber vem como conse­qüência.
A prática da caridade necessita disciplina, como afirma Emma­nuel. Assim, analisemos alguns aspectos necessários de serem obede­cidos nas reu­niões mediúnicas:
1 - Afastar a curiosidade no intercâmbio com os Espíritos de­sencarnados. Estamos reunidos para auxiliar, curiosidade não trará qualquer bene­fício;
2 - Manter respeito em todos os intercâmbios. Todos nós esta­mos situa­dos no local característico de nossa evolução; o que nos pa­rece absurdo hoje, era aceitável ontem e o que nos parece certo hoje, po­derá ser motivo de arrependimento no futuro. Os Espíritos, muitas ve­zes, nos vêem como juízes; devemos fazê-los ver que somos, na ver­dade, irmãos e que também carregamos muitos erros e defeitos;
3 - Ter paciência, pois necessitamos de tempo para mudar situa­ções alicerçadas por passado longínquo;
4 - Estudar sempre. O conhecimento doutrinário nos permite usar a pa­lavra certa no momento adequado. Dedicação constante no es­tudo au­mentará muito a nossa possibilidade de auxílio;
5 - Valorizar o trabalho em grupo. Seremos mais fortes, mais eficien­tes, quando somarmos nossas forças. A reunião mediúnica é um grupo de trabalhadores em constante sintonia;
6 - Lembrar que mais importante no intercâmbio com as pessoas, sejam elas encarnadas ou desencarnadas, é o trabalho com AMOR. A pala­vra con­sola, o conhecimento esclarece, mas é o amor que realmente conquista o espirito necessitado.

Um comentário:

Fabi Gai... Alfabetizando disse...

Oi colega!!! Muito legal o teu tema, um bom trabalho pra você.