terça-feira, 6 de novembro de 2007

comprovando cientificamente o espiritismo

Os fenômenos espíritas também repercutiram fora da França. Um dos cientistas mais importantes a dedicar-se ao estudo dos fenômenos foi o inglês William Crookes, cuja história está relacionada com a da médium Florence Cook e a materialização do espírito Katie King. Químico e astrônomo, a partir de 1856 fez parte da Sociedade Real de Londres dedicando-se a trabalhos fotográficos sobre a lua. Descobriu um processo, a amalgamação do sódio e pela análise espectral tornou conhecido um novo corpo metálico simples, o tálio. Através de uma série de experiências bem sucedidas demonstrou com exatidão um quarto estado da matéria, além do sólido, líquido e gasoso : O da matéria radiante. Com essa posição intelectual e científica, anunciou que iria se ocupar dos chamados fenômenos espíritas, com o rigor de um experimentador científico. Em 1874, publicou os primeiros resultados de suas pesquisa no “Quarterly Journal of Science”. Em fevereiro de 1897 publicou suas observações sobre os fatos espíritas. (...) Os fenômenos observados : Levitações, psicografia, telecinesia, materializações e aparições luminosas de objetos foram colocados como fatos incontestáveis, que mereceriam uma laboriosa série de experiências e elaborações teóricas de acordo com as mais recentes descobertas científicas. Para alguns outros convertidos, como Arthur Conan Doyle, o desabar da muralha entre o mundo dos mortos e dos vivos; os fatos que comprovam de forma cabal a sobrevivência após a morte e a comunicação entre mortos e vivos deveriam conduzir a uma grande transformação e esperança para o gênero humano pela formação de uma nova e atual expressão religiosa que levasse os homens a uma existência mais espiritualizada. Cientistas de renome na Itália também passaram a integrar o conjunto de estudiosos dos chamados fenômenos psíquicos. Shiaparelli, Chiaia, Brotasi, Lombroso e Bozzano fizeram parte dessa galeria. Ernesto Bozzano destacou-se nesse grupo dedicando trinta anos às pesquisas psíquicas. Publicou inúmeros trabalhos científicos sobre o assunto, expondo os princípios básicos que o levaram a aderir à hipótese espírita por ser uma “necessidade lógica”. Uma das conversões mais intrigantes do final do séc. XIX foi a de Cesare Lombroso, médico, higienista, psiquiatra e antropólogo. Seus famosos estudos estavam na área da Antropologia Criminal, nos quais revelava sua incondicional adesão aos de investigação científica positiva de sua época. Estudava homens e fatos numa mesma perspectiva, como ponto de partida do método experimental. Estabeleceu uma teoria em que expunha a Gênese Natural do Delito e as bases do sistema penal positivo, associando Direito Penal e Antropologia Criminal. (...) Também na Alemanha foram realizadas experiências científicas da sobrevivência após a morte. Faziam parte do grupo de especialistas, entre outros, Johann Karl Friedrich Zöllner, professor de física e astronomia da Universidade de Leipzig e elaborador da hipótese da teoria sobre a quarta dimensão do espaço; professor Wilhelm Edward Weber, de física e autor da doutrina da Vibração das Forças; Schneiber, matemático de renome na Universidade de Leipzig; Gustav Friedrich Fechner, físico e filósofo na mesma Universidade. Este grupo publicou em 1879 o resultado de suas pesquisas. Para eles tratava-se de uma Nova Ciência baseada em outra classe de Fenômenos Físicos, provando a existência e um outro mundo de seres inteligentes. Liderados por Zöllner, realizaram experiências com o famoso médium americano Henry Slade. Ocorreram materializações, levitações, aparições, psicografia de mensagens, que foram meticulosamente observadas, descritas e estudadas. Submetidos a considerações teóricas, os fenômenos observados revelavam uma dimensão científica e verdadeira, como um dos elementos fundamentais para a construção da teoria do espaço em quarta dimensão e da sobrevivência espiritual.

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